Sim eu sou obcecado pela falta de sentido das coisas!!
Não, eu não reclamo que elas não façam sentido, pelo contrário, eu gosto muito disso!! Não acho que as coisas devam fazer sentido, nem me importo que o universo seja caótico e que as coisas ocorram ao acaso.
O que me incomoda é essa condição humana de procurar significados em tudo. A civilização está estruturada de forma a criar sentido para todas as coisas, classificações, valorações, taxonomias. Nossos ritmos de vida estão pautados em significações grosseiras e limitantes da realidade.
Vivemos achando que as instituições sociais são imutáveis e quando a relação dessas instituições com a realidade se torna insustentável, perdemos o pai e a mãe, ficamos totalmente vazios de significado. É nessas horas, em que a confusão se instaura, que realmente podemos ter contato com o real. Mas prefirimos chamar esse período de “mudança de paradigmas” e encontrar outro modelo limitante para que as coisas continuem fazendo algum sentido.
Estudamos, trabalhamos, procriamos, envelhecemos e morremos, pensando que essas coisas, cada uma dessas etapas, tem um propósito. Dependemos de cada uma delas, nos deixamos levar por lugares e vínculos que verdadeiramente não queremos, por que tem que ser assim, por que “é a vida”.
Não ousamos admitir que essas coisas não tem qualquer objetivo. Reforçamos a todo instante que estamos indo para algum lugar, que a história tem começo, meio e fim, e que o final é feliz. Criamos conjuntos de crenças e depositamos nossa esperança neles. Inventamos respostas para o que não conhecemos. Temos medo de ficar sozinhos, precisamos de companhia e de conversas superficiais, precisamos de elogios e de palavras de incentivo, por que não sabemos ao certo se as coisas são assim mesmo, se estamos no “caminho certo”
Desculpem, meus amigos, mas não há caminho certo, nesse mundo ou em qualquer outro, as coisas simplesmente são, não há um grande propósito por trás de nada.
Há apenas um medo, primitivo e incontrolável, de ter que decidir entre possibilidades infinitas.
“Há apenas um medo, primitivo e incontrolável, de ter que decidir entre possibilidades infinitas.” (CASAL, 2007, online)
Concordo plenamente… by the way, abri o processo da Mobilidade hoje.
Bendita a hora que eu te conheci. E eu ainda achava que fosse a única louca a pensar assim no mundo… :}
:*
Vaquinha, doeu ler o teu comentário, acho que a ficha cai aos poucos, até então eu meio que não tava acreditando muito que tu ia.
😦
Mas não vai atrás do teu amigo chorão, vai que a vida é curta e tu precisa viver! e tu vai viver intensamente!
Great. Bem o que eu penso.
Cara, se todos pensassem assim…
Na minha opinião, seu melhor post.
Grande abraço e parabéns pelo blog.